Toca-me levemente e desaparece... É tudo o que sabes fazer!
Ao meu lado, só a tua imagem, já desfocada. Apenas reconheço o teu sorriso. Ah, o teu sorriso... Minha companhia de noites claras, meu rio transparente e traiçoeiro no qual me banho, despido de mim! Pudesse eu pegar no teu sorriso e guardá-lo numa caixa, pequenina, e mantê-la debaixo da almofada e dormir, dormir para sempre agarrado a esse sorriso mágico... Oh, e os teus olhos! Consigo ver os teus olhos, o brilho dos teus olhos, esse brilho de céu sobre mim!
Mas é só uma imagem, já desfocada! Não há sorriso, não há olhar, não há brilho! Há trevas! Trevas! Há mergulhar no vazio insípido desta existência!
E tu? Onde estás?
Fotografia: RobertoTerra
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